sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
COMO USAR CAL NA CONSTRUÇÃO
A cal é usada na construção desde a mais remota antiguidade, para unir e revestir as alvenarias, devido à plasticidade e durabilidade que acrescenta às argamassas. Apesar de ser um material tão útil e conhecido, deve ser comprada e preparada com algum conhecimento para evitar problemas como rachaduras e desprendimento.
A argamassa mais comum utilizada na construção civil é feita com areia, água, cimento e cal hidratada. As proporções (“traço”) destes elementos variam de acordo com a finalidade da argamassa. Alguns exemplos: a argamassa para revestimento interno é diferente da destinada ao externo, uma massa para assentar tijolo comum é diferente daquela onde se colocarão azulejos cerâmicos.
O traço é definido por números no formato cimento : cal : areia. As proporções mais usadas em assentamento e revestimento são de 1:1:6 e 1:2:9, onde o primeiro número é o volume do cimento, o segundo representa o volume de cal e o terceiro mostra o volume de areia.
A quantidade de água -- denominada “água de amassamento” -- deve ser dosada em quantidade suficiente para o pedreiro consiga trabalhar, tomando-se cuidado para não ser colocada em excesso deixando a argamassa muito mole. Eata massa com água em excesso demora muito para “puxar”, ou seja, para ficar levemente enrijecida de modo a permitir que o pedreiro a alise ou dê o formato desejado.
Cal hidratada no revestimento
O processo tradicional para revestir paredes com argamassa utiliza duas ou três camadas. Primeiro vem o chapisco, feito com areia e cimento com traço entre 1:6 e 1:10.
A seguir aplica-se a massa grossa -- também chamada “emboço” -- com traço entre 1:1:6 e 1:2:9. Se for uma obra mais rústica, pode-se alisar a massa grossa e pronto. Neste caso, deve-se usar areia peneirada para retirar as impurezas e pedriscos que porventura estivessem diluídos na areia.
Caso seja necessário um acabamento melhor, pode-se optar por revestir a massa grossa com gesso ou então com uma argamassas para revestimento feita com areia mais fina. Justamente por isto, esta argamassa chama-se “massa fina”, também conhecida por “reboco”. A massa fina é aplicada sobre massa grossa (emboço) formando uma superfície uniforme para melhor fixar a tinta ou, ainda, em serviços mais requintados, a massa corrida que já faz parte do processo de pintura.
Cal hidratada no assentamento de alvenaria
Argamassas de assentamento de alvenaria servem para unir os tijolos e blocos de concreto ou cerâmicos das construções. Além de “juntar” os elementos serve também para dar maior resistência mecânica além de proteger contra a propagação do calor, frio ou do som. Serve também para vedar quanto à penetração de água e de vento.
O traço é similar à argamassa de revestimento, ou seja, algo entre 1:1:6 e 1:2:9. A água deve igualmente ser dosada para que fique uma massa com bastante plasticidade, mas sem escorrer.
É possível assentar alvenaria apenas com argamassa de cal, como se usa antigamente. O problema é que o cal demora muito tempo para endurecer (“puxar”), chega a levar dias até adquirir consistência suficiente para que a parede fique rígida. Por isto, atualmente se adiciona um pouco de cimento, entre 1 a 2 vezes a quantidade de cal, pois o cimento produz a “pega” (endurecimento inicial) em poucas horas, a partir do que a parede pode continuar a ser levantada e pode-se apoiar nela sem risco de ruína.
Por que cal hidratada?
Até alguMas dezenas de anos atrás toda obra tinha lá seu tanque de queima de cal, onde as pedras de cal virgem eram moídas, misturadas com água e deixadas a “curtir”, preparando a chamada “cal hidratada”. Este processo era necessário para que se obtivesse as vantagens que só a cal hidratada pode oferecer em termos de poder aglomerante e plasticidade.
Atualmente se usa a cal já hidratada, fornecida em sacos de 20 Kg e pronta para o consumo. Entretanto, ainda é recomendável que se faça a mistura entre areia e cal, com um pouco de água, e que esta mistura fique alguns dias curtindo antes de ser misturada ao cimento e ao restante da água para ser utilizada. Isto porque no processo industrial de produção da cal hidratada podem ficar algum resíduo da cal virgem que no futuro causará reações químicas indesejáveis na parede. Este processo de curtimento é tanto mais necessário quanto mais vagabunda for a cal utilizada (vide a seguir).
A cal hidratada é extremamente fina e leve, por isso permite o preparo de maior quantidade de argamassa com a redução do custo do metro cúbico. Ao serem misturadas com água, suas partículas muito finas funcionam como um tipo de lubrificante reduzindo o atrito entre os grãos de areia. O resultado é melhor trabalhabilidade (ou liga), boa aderência e maior rendimento na mão-de-obra.
A cal hidratada tem enorme capacidade de reter água em torno de suas partículas, formando na argamassa uma dupla perfeita com o cimento. As argamassas à base de cal hidratada têm resistência suficiente quanto à compressão e aderência, tanto para assentamentos como para revestimentos.
Por ser um produto alcalino, a cal hidratada impede a oxidação das ferragens e, também por essa característica, atua como bactericida e fungicida. Além disso, evita que se formem manchas e apodrecimento precoce dos revestimentos.
Proporciona economia de tinta, pois permite acabamento mais liso e de cor clara, sendo compatível com qualquer tipo de tinta e também com outros acabamentos como fórmica, lambris, papéis de parede. Nestes últimos casos, deve-se respeitar o tempo de cura, mínimo de 28 dias para que se completem todas as reações químicas.
As argamassas à base de cal hidratada têm baixo módulo de elasticidade, ou seja, absorvem melhor as pequenas movimentações das construções, evitando trincas, fissuras e até o descolamento dos revestimentos.
Devemos notar também a notável durabilidade que a cal hidratada confere às construções, pois argamassas com cal hidratada podem durar centenas de anos. Há muitos exemplos que comprovam essa característica, até porque a cal hidratada é um produto de aplicação milenar, enquanto o cimento portland só foi inventado em 1824.
Como comprar e estocar
A cal hidratada só vai proporcionar os benefícios aqui citados se for pura. Deve ser fabricada de acordo com as normas técnicas, o que pode ser verificado pela embalagem (saco) do produto. Deve contar a marca, seu tipo (CH-I, CH-II ou CH-III), a Norma Técnica (NBR-7175), o nome ou razão social do fabricante e, para maior segurança, deve trazer o Selo de Qualidade da Associação Brasileira dos Produtores de Cal (ABPC).
Escolha um bom fornecedor, a loja ou depósito deve ter boas referências e fama de oferecer materiais de boa procedência e com qualidade. Não se deixe levar pelo menor preço, por trás dele podem estar produtos falsificados ou de má qualidade. Essa regra vale também para a areia -- que não deve conter impurezas -- e para o cimento, que deve obedecer as normas da ABNT e não deve estar estocado por muito tempo, pis pode empedrar e reduzir seu potencial aglomerante.
A areia deve ser a mais seca possível e armazenada em local limpo, onde não se esparrame. Outro detalhe: a água não pode conter matéria orgânica, como argila, folhas e materiais oleosos.
A argamassa mais comum utilizada na construção civil é feita com areia, água, cimento e cal hidratada. As proporções (“traço”) destes elementos variam de acordo com a finalidade da argamassa. Alguns exemplos: a argamassa para revestimento interno é diferente da destinada ao externo, uma massa para assentar tijolo comum é diferente daquela onde se colocarão azulejos cerâmicos.
O traço é definido por números no formato cimento : cal : areia. As proporções mais usadas em assentamento e revestimento são de 1:1:6 e 1:2:9, onde o primeiro número é o volume do cimento, o segundo representa o volume de cal e o terceiro mostra o volume de areia.
A quantidade de água -- denominada “água de amassamento” -- deve ser dosada em quantidade suficiente para o pedreiro consiga trabalhar, tomando-se cuidado para não ser colocada em excesso deixando a argamassa muito mole. Eata massa com água em excesso demora muito para “puxar”, ou seja, para ficar levemente enrijecida de modo a permitir que o pedreiro a alise ou dê o formato desejado.
Cal hidratada no revestimento
O processo tradicional para revestir paredes com argamassa utiliza duas ou três camadas. Primeiro vem o chapisco, feito com areia e cimento com traço entre 1:6 e 1:10.
A seguir aplica-se a massa grossa -- também chamada “emboço” -- com traço entre 1:1:6 e 1:2:9. Se for uma obra mais rústica, pode-se alisar a massa grossa e pronto. Neste caso, deve-se usar areia peneirada para retirar as impurezas e pedriscos que porventura estivessem diluídos na areia.
Caso seja necessário um acabamento melhor, pode-se optar por revestir a massa grossa com gesso ou então com uma argamassas para revestimento feita com areia mais fina. Justamente por isto, esta argamassa chama-se “massa fina”, também conhecida por “reboco”. A massa fina é aplicada sobre massa grossa (emboço) formando uma superfície uniforme para melhor fixar a tinta ou, ainda, em serviços mais requintados, a massa corrida que já faz parte do processo de pintura.
Cal hidratada no assentamento de alvenaria
Argamassas de assentamento de alvenaria servem para unir os tijolos e blocos de concreto ou cerâmicos das construções. Além de “juntar” os elementos serve também para dar maior resistência mecânica além de proteger contra a propagação do calor, frio ou do som. Serve também para vedar quanto à penetração de água e de vento.
O traço é similar à argamassa de revestimento, ou seja, algo entre 1:1:6 e 1:2:9. A água deve igualmente ser dosada para que fique uma massa com bastante plasticidade, mas sem escorrer.
É possível assentar alvenaria apenas com argamassa de cal, como se usa antigamente. O problema é que o cal demora muito tempo para endurecer (“puxar”), chega a levar dias até adquirir consistência suficiente para que a parede fique rígida. Por isto, atualmente se adiciona um pouco de cimento, entre 1 a 2 vezes a quantidade de cal, pois o cimento produz a “pega” (endurecimento inicial) em poucas horas, a partir do que a parede pode continuar a ser levantada e pode-se apoiar nela sem risco de ruína.
Por que cal hidratada?
Até alguMas dezenas de anos atrás toda obra tinha lá seu tanque de queima de cal, onde as pedras de cal virgem eram moídas, misturadas com água e deixadas a “curtir”, preparando a chamada “cal hidratada”. Este processo era necessário para que se obtivesse as vantagens que só a cal hidratada pode oferecer em termos de poder aglomerante e plasticidade.
Atualmente se usa a cal já hidratada, fornecida em sacos de 20 Kg e pronta para o consumo. Entretanto, ainda é recomendável que se faça a mistura entre areia e cal, com um pouco de água, e que esta mistura fique alguns dias curtindo antes de ser misturada ao cimento e ao restante da água para ser utilizada. Isto porque no processo industrial de produção da cal hidratada podem ficar algum resíduo da cal virgem que no futuro causará reações químicas indesejáveis na parede. Este processo de curtimento é tanto mais necessário quanto mais vagabunda for a cal utilizada (vide a seguir).
A cal hidratada é extremamente fina e leve, por isso permite o preparo de maior quantidade de argamassa com a redução do custo do metro cúbico. Ao serem misturadas com água, suas partículas muito finas funcionam como um tipo de lubrificante reduzindo o atrito entre os grãos de areia. O resultado é melhor trabalhabilidade (ou liga), boa aderência e maior rendimento na mão-de-obra.
A cal hidratada tem enorme capacidade de reter água em torno de suas partículas, formando na argamassa uma dupla perfeita com o cimento. As argamassas à base de cal hidratada têm resistência suficiente quanto à compressão e aderência, tanto para assentamentos como para revestimentos.
Por ser um produto alcalino, a cal hidratada impede a oxidação das ferragens e, também por essa característica, atua como bactericida e fungicida. Além disso, evita que se formem manchas e apodrecimento precoce dos revestimentos.
Proporciona economia de tinta, pois permite acabamento mais liso e de cor clara, sendo compatível com qualquer tipo de tinta e também com outros acabamentos como fórmica, lambris, papéis de parede. Nestes últimos casos, deve-se respeitar o tempo de cura, mínimo de 28 dias para que se completem todas as reações químicas.
As argamassas à base de cal hidratada têm baixo módulo de elasticidade, ou seja, absorvem melhor as pequenas movimentações das construções, evitando trincas, fissuras e até o descolamento dos revestimentos.
Devemos notar também a notável durabilidade que a cal hidratada confere às construções, pois argamassas com cal hidratada podem durar centenas de anos. Há muitos exemplos que comprovam essa característica, até porque a cal hidratada é um produto de aplicação milenar, enquanto o cimento portland só foi inventado em 1824.
Como comprar e estocar
A cal hidratada só vai proporcionar os benefícios aqui citados se for pura. Deve ser fabricada de acordo com as normas técnicas, o que pode ser verificado pela embalagem (saco) do produto. Deve contar a marca, seu tipo (CH-I, CH-II ou CH-III), a Norma Técnica (NBR-7175), o nome ou razão social do fabricante e, para maior segurança, deve trazer o Selo de Qualidade da Associação Brasileira dos Produtores de Cal (ABPC).
Escolha um bom fornecedor, a loja ou depósito deve ter boas referências e fama de oferecer materiais de boa procedência e com qualidade. Não se deixe levar pelo menor preço, por trás dele podem estar produtos falsificados ou de má qualidade. Essa regra vale também para a areia -- que não deve conter impurezas -- e para o cimento, que deve obedecer as normas da ABNT e não deve estar estocado por muito tempo, pis pode empedrar e reduzir seu potencial aglomerante.
A areia deve ser a mais seca possível e armazenada em local limpo, onde não se esparrame. Outro detalhe: a água não pode conter matéria orgânica, como argila, folhas e materiais oleosos.
domingo, 21 de dezembro de 2014
DICAS DE CONCRETAGEM
Quais equipamentos são usados para lançamento na obra?
Bombas estacionárias - para bombeamento
a grandes alturas, utilizando-se tubulações fixadas à própria estrutura da
obra.
Bomba estacionária
com mangote flexível de bitola de 75 mm - para concretagens de menor
volume e com apenas um operador de mangote.
Bomba lança - de vários
alcances para colocar o concreto até o sexto pavimento ou a até 35 metros de
distância.
O adensamento ou
vibração é de fundamental importância para o perfeito preenchimento das fôrmas,
assim como para a eliminação de vazios no interior das peças concretadas
provocados por aprisionamento de ar. A eliminação desses vazios garante a
continuidade das peças estruturais assim como a aderência do concreto às armaduras.
O adensamento com o uso de vibradores elétricos de imersão é o mais comum, além das réguas vibratórias, acabadoras de superfície, vibradores externos (fixados nas fôrmas), mesas vibratórias e rolos compactadores vibratórios. Deve-se atentar para o uso correto dos vibradores de agulha, evitando-se principalmente a agulha na posição horizontal, assim como é importante evitar o contato do vibrador com a armadura, o que provoca o descolamento da mesma, diminuindo a aderência entre os dois materiais
O adensamento com o uso de vibradores elétricos de imersão é o mais comum, além das réguas vibratórias, acabadoras de superfície, vibradores externos (fixados nas fôrmas), mesas vibratórias e rolos compactadores vibratórios. Deve-se atentar para o uso correto dos vibradores de agulha, evitando-se principalmente a agulha na posição horizontal, assim como é importante evitar o contato do vibrador com a armadura, o que provoca o descolamento da mesma, diminuindo a aderência entre os dois materiais
O principal cuidado
com o concreto, imediatamente após o lançamento, é a “cura”. Cura é o
procedimento que se faz para evitar a evaporação da água e a consequente
fissuração. Normalmente a preocupação maior é com grandes superfícies
horizontais como pisos e lajes, casos em que o contato com o ar e a incidência
de sol podem agravar a evaporação. Geralmente, os procedimentos utilizados são:
aspersão de água, mantas saturadas com água, espelhos de água sobre pisos ou
curas com películas formadas por pintura química. Porém, peças delgadas como
pilares e vigas, quando desformadas precocemente, sofrem perda excessiva de
água de maneira irreversível e, consequentemente, perda da resistência, pois
apresentam uma grande superfície exposta ao longo e em torno de toda a peça.
Nesse caso normalmente não ocorre fissuração, mas há perda elevada de
resistência. Recomenda-se que a desforma de pilares e vigas seja feita após 3 a
5 dias, no mínimo
As fissuras que
ocorrem logo após o lançamento, com maior incidência em lajes ou pisos, são
provenientes de diversas causas. A principal delas é a retração plástica, que
ocorre devido a tensões de tração provocadas pela perda excessiva e precoce da
água por evaporação. Esse fenômeno é potencializado quando a concretagem é
feita em tempo quente, com vento, com baixa umidade relativa do ar, com
superfície desprotegida do sol e usando concreto com quantidade de água muito
elevada (slump test acima do especificado). As fissuras também ocorrem onde a
camada de concreto tem pouca espessura e as tensões de tração não são
absorvidas pela armadura ou por elementos incorporados à massa como fibras de
aço, polipropileno ou nylon. Para evitar que ocorram fissuras, é fundamental o
procedimento de “cura” com aspersão de água, ou outro procedimento que evite a
perda excessiva da água.
O (fck) é uma sigla
que compreende a resistência característica do concreto, para efeito de
dimensionamento e cálculo estrutural. Ou seja, é a resistência mínima que o
concreto deve atender dentro de uma análise estatística, para que garanta a
estabilidade da estrutura.
O concreto, de acordo com seu fck, ficará mais caro ou mais barato, e a necessidade será determinada no momento do cálculo estrutural que será feito pelo engenheiro da obra. Além de todas as questões de exatidão dos cálculos e da escolha certa do material, o uso devido vai ajudar na velocidade de conclusão da obra, no preço, no peso da estrutura, no tamanho dos pilares e vigas e na facilidade de escolha do material
O concreto, de acordo com seu fck, ficará mais caro ou mais barato, e a necessidade será determinada no momento do cálculo estrutural que será feito pelo engenheiro da obra. Além de todas as questões de exatidão dos cálculos e da escolha certa do material, o uso devido vai ajudar na velocidade de conclusão da obra, no preço, no peso da estrutura, no tamanho dos pilares e vigas e na facilidade de escolha do material
Outro tipo de fissura que ocorre ainda no estado plástico são as decorrentes da
acomodação plástica. Um exemplo ocorre quando concretamos, numa mesma etapa,
pilares, vigas e lajes. No topo dos pilares ocorrem fissuras horizontais que
são decorrentes da acomodação plástica do concreto contido no pilar e que não é
acompanhada pelo concreto das vigas e lajes. Esse fenômeno é comum e pode ser
evitado realizando a concretagem dos pilares separadamente ou fazendo a
revibração antes do endurecimento.
As fissuras estruturais ocorrem após o endurecimento do concreto e também possuem diversas causas, normalmente relacionadas ao carregamento estrutural, dimensionamento e execução das peças, assim como da solicitação antecipada quando o escoramento é retirado precocemente.
As fissuras estruturais ocorrem após o endurecimento do concreto e também possuem diversas causas, normalmente relacionadas ao carregamento estrutural, dimensionamento e execução das peças, assim como da solicitação antecipada quando o escoramento é retirado precocemente.
Slump test é nome dado
ao ensaio que se faz com o concreto no estado plástico para medir a sua
consistência. Quanto mais seco o concreto estiver, menor será o seu slump
test e mais difícil será a sua aplicação, na maioria dos casos.
O ensaio consiste no enchimento de uma fôrma tronco cônica, aberta na base e no topo, com concreto no estado plástico. A fôrma é retirada verticalmente fazendo com que o concreto se acomode até ficar estático (parado). Mede-se então, em centímetros ou milímetros, a altura entre o topo da fôrma e a parte superior do concreto obtendo assim o valor do abatimento ou slump test. Quanto mais fluido, maior será o slump test.
Todo o procedimento desse ensaio é normalizado e está descrito na NBR NM 67 (Norma brasileira da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas).
O ensaio consiste no enchimento de uma fôrma tronco cônica, aberta na base e no topo, com concreto no estado plástico. A fôrma é retirada verticalmente fazendo com que o concreto se acomode até ficar estático (parado). Mede-se então, em centímetros ou milímetros, a altura entre o topo da fôrma e a parte superior do concreto obtendo assim o valor do abatimento ou slump test. Quanto mais fluido, maior será o slump test.
Todo o procedimento desse ensaio é normalizado e está descrito na NBR NM 67 (Norma brasileira da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Corpo de prova é
uma amostra retirada na obra durante o lançamento. Após 7 e 28 dias a amostra é
ensaiada em laboratório para verificação da resistência. Todos os procedimentos
de retirada da amostra, moldagem dos corpos de prova, cura e rompimento são descritos
pelas normas da ABNT. O ensaio de resistência consiste na aplicação de uma
carga de compressão até o rompimento do corpo de prova. Isso é feito com uma
prensa hidráulica que, através de um manômetro, indica qual a carga em Kgf
(quilogramas força) ou em KN (quilo Newton) é aplicada no corpo de prova.
MPa é uma unidade de
medida de pressão do sistema internacional. Significa “Mega Pascal”. A unidade
de grandeza “Mega” indica a potência (106), ou seja, o valor multiplicado por
100.000 (cem mil). Essa grandeza se faz necessária, pois a medida em “Pascal” é
muito pequena para a resistência do concreto. A unidade de pressão foi adotada,
pois a resistência do concreto é uma medida de força (KN) dividida por uma
unidade de área (cm2) resultando em uma unidade de pressão do Sistema
Internacional. O Mega Pascal substituiu a unidade utilizada anteriormente
(Kgf/cm2) cuja conversão se faz dividindo-se Kgf/cm2 pelo valor aproximado de10
para se obter em MPa. Exemplo: fck 200 Kgf/cm equivale ao fck 20,0 MPa
car
MODELO DE CONTRATO PARA EMPREITEIROS
CONTRATO DE
EMPREITADA DE MÃO DE OBRA
CONTRATANTE: __________________________________________________________________________________
C.P.F.: ___________________ R.G: _______________________
Endereço:
__________________________________________________________________________________________
Cidade: __________________________________
Estado: _____________________ CEP.:
_____________________
Fone residencial: ________________ Fone celular: ______________________
Doravante
denominado simplesmente CONTRATANTE,
CONTRATADO: ___________________________________________________________________________________
C.P.F.: ___________________ R.G: _______________________
Endereço:
__________________________________________________________________________________________
Cidade: __________________________________
Estado: _____________________ CEP.:
_____________________
Fone residencial: ________________ Fone celular: ______________________
Doravante denominado simplesmente CONTRATADO , tem entre si pelo instrumento
particular de contrato de prestação de serviço, sob as cláusulas e condições
seguintes, as quais abaixo expõem:
CLÁUSULA PRIMEIRA: O objeto do presente instrumento é a
______________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________
O preço certo e
ajustado é de R$ _______________
(________________________________________________________).
A ser pago da
seguinte forma:
-
R$ _______________ _______________________________________________;
-
R$ _______________ _______________________________________________;
-
R$ _______________ _______________________________________________;
-
R$ _______________ _______________________________________________;
-
R$ _______________ _______________________________________________;
-
R$ _______________ _______________________________________________;
-
R$ _______________ _______________________________________________;
Os serviços a
serem executados serão os seguintes: ___________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________
Artigo primeiro: O preço ajustado será pago
diretamente ao CONTRATADO.
Artigo segundo: Todos os pagamentos serão
efetuados após realizada vistoria na construção e estando os serviços em
perfeito acordo com o CONTRATADO, mediante emissão de recibo.
CLÁUSULA SEGUNDA: O local da construção será na Rua
_________________________________________________.
CLÁUSULA TERCEIRA: Após a entrega do bem objeto do
presente contrato pela empresa transportadora em terreno do CONTRATANTE, o início da construção ocorrerá
mediante o cumprimento das exigências abaixo relacionadas:
1) Esteja à disposição água potável
e energia elétrica em perímetro máximo de 20 (vinte) metros do local onde foi
locada a construção;
2) Em caso do local para a
construção não contar com acesso para caminhões, correrá por conta e risco do CONTRATANTE
o transporte dos materiais que compõem a construção, bem como dos gastos
necessários para o mesmo.
3) Todo e qualquer aterro que se
faça necessário, terá os gastos por conta do CONTRATANTE, isto é, a compra de terra,
caliça, etc., bem como os custos do aterramento.
4) Para telhados que exigirem calhas
e/ou rufos, os mesmos serão de total responsabilidade do CONTRATANTE, bem como os custos para sua
colocação.
5) Fica por conta do CONTRATADO, a responsabilidade da
conservação e guarda dos materiais que compõem a construção.
CLÁUSULA QUARTA: Após o
preenchimento de todos os requisitos contidos na Cláusula Terceira e o
pagamento da primeira parcela conforme estipulado na Cláusula Primeira, o CONTRADATO se obriga a executar a obra,
objeto do presente contrato em _____ (_______________) dias.
Artigo único: Em caso de ocorrência de chuvas
prolongadas, greves, modificações que houverem no projeto original, etc., o
prazo para a construção poderá ser dilatado de acordo com as necessidades
oriundas da ocorrência dos fatos anteriormente mencionados.
CLÁUSULA QUINTA: o Contratado se obriga a manter vigente e regular o seguro de
acidentes de trabalho para seus funcionários. Obriga-se ainda a respeitar e
cumprir todas as normas de segurança de trabalho e medicina do trabalho ( vide
portaria nº 3214 de 08/06/78 do Ministério do Trabalho), tomando todas as
medidas necessárias de proteção aos empregados e terceiros durante as obras em
construção, inclusive fornecer todos os materiais de proteção exigidos por lei.
CLÁUSULA SEXTA:
Fica expressamente acordado que não estabelece por força deste contrato
qualquer relação de emprego entre o Contratante e o Contratado, sendo única e exclusiva
responsabilidade do Contratado todo e qualquer reclamação que por ventura advir
de seus funcionários.
CLÁUSULA SÉTIMA: Todos e quaisquer serviços
extraordinários, que não constem do presente contrato, deverão ser objeto de
propostas adicionais, e após acordado o preço e prazo. As modificações na
planta original serão executadas somente após concordância das partes ( Contratante e Contratado), tanto com relação a aumento do
prazo inicialmente determinado quanto com relação a preços de montagem. Ficando
por conta e responsabilidade do Contratante o fornecimento dos materiais necessários.
CLÁUSULA OITAVA: Após o término da obra, será firmado pelo Contratante o “Termo de Entrega e
Recebimento da Construção“, encerrando a responsabilidade do Contratado pela montagem do bem e entrega
das chaves será efetuada mediante ao pagamento da última parcela.
CLÁUSULA NONA: Serão motivos de rescisão contratual:
1) a solicitação por requerimento
das partes, com justificativa formal e por escrito;
2) o não pagamento de quaisquer das
parcelas convencionadas;
3) a não execução dos serviços
dentro dos prazos estipulados;
4) o não comprimento de quaisquer
das cláusulas e condições estabelecidas no presente instrumento.
CLÁUSULA DÉCIMA: Na ocorrência de quaisquer das situações
contempladas nas alíneas “1”e “3” da Cláusula Nona, acima, considerar-se-á
rescindido o presente contrato independente de quaisquer notificação ou interpelação judicial ou extrajudicial.
Artigo único: Ocorrendo a rescisão contratual
pelos motivos contemplados na Cláusula Décima Primeira, será efetuada medição
dos serviços realizados, e avaliados para pagamento ou devolução à parte
prejudicada ( Contratante ou Contratado).
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA: A parte que
der causa à rescisão contratual do presente instrumento, em razão da ocorrência
de quaisquer das situações contempladas na Cláusula Nona, ficará obrigada ao
pagamento da multa contratual correspondente a 20% ( vinte por cento) do valor
do contrato.
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA: As partes
elegem o foro de Barra do Garças - MT., para dirimir quaisquer omissões ou
dívidas oriundas do presente contrato, renunciando a qualquer outro por mais
especial que seja.
E por estarem justos e contratados, assinam o
presente instrumento em duas vias de igual teor em conjunto a duas testemunhas.
Barra do Garças - MT , ___ de __________ de
________.
______________________________ _______________________________
CONTRATANTE CONTRATADO
______________________________ _______________________________
TESTEMUNHA 1 TESTEMUNHA
2
ESTRUTURAL - COMO INTERPETRAR O DESENHO DE UMA 01 VIGA
ESTRUTURAL 01
COMO INTERPETRAR O DESENHO DE UMA 01 VIGA
Obs. Ver a Numeração Abaixo com o desenho da viga acima
01 Viga
(500) 14
INTERPETRAÇÃO:
A viga está no Nível 500 (a 500 cm , ou seja sua parte de cima está a 5,00 metros do nível 0,00 (nível superior dos
baldrames) e a viga se chama Viga 14 (ver na planta de formas do Nível 500 a
posição em que a viga se encontra.
02 Ferragens
que se encontra do lado de cima da viga
3N110
ø12.50 C=783 = 3 ferros de diâmetro 12,5 mm (1/2”), que se encontra na tabela
que vai o na linha de número 110, sendo que o comprimento total deste ferro é
783 cm
03 e 04
Ferragens que se encontra do
lado de cima da viga
O mesmo raciocínio do número do item 02.
05
Diversas Camadas
4ø2c 3ø3c =
4 ferros na segunda camada e 3 ferros na terceira camada (ver corte transversal
da viga item 14 (lado de cima)
06 Nível
que se encontra a viga (Δ 500)
A viga se encontra no nivel 500, isto é ela esta a 500 cm do nível 0,00 que o nível superior da viga baldrame
07 Localização dos pilares
que servem de apoio para esta viga
Que neste exemplo são os pilares P20 do lado esquerdo e P21 do lado direito, com isto fica fácil de você localizar a viga na planta de forma, pela numeração dos pilares que é nosso caso
08 Comprimento livre da viga
É o
comprimento livre da viga, isto é de pilar a pilar pela face interna dele
09 Largura do Pilar no sentido da viga
É a largura
que o pilar tem no sentido longitudinal
da viga, pois no outro sentido a 90º o
pilar pode ter largura diferente.
10 Espaçamento dos Estribos
È o
espaçamento do estribo nos trechos ao longo da viga:
Exemplificando:
23N4c/8 , quer dizer que neste
trecho da viga de comprimento 184 cm vai 23 estribos de número 4 (N4) (ver
tabela) e vai espaçado cada estribo a
cada 8 cm um do outro.
15N4c/23 quer dizer que neste trecho da viga de comprimento 334.10 cm vai
15 estribos de número 4 (N4) (ver tabela) e vai espaçado cada estribo a cada 23
cm um do outro.
11 Camadas de ferro na parte Inferior da
Viga
São os ferros suplementares que vão na camada inferior da viga, isto é:
3 N57 ø 10.0 c/25 c= 205 = 3 ferros que estão na tabela na linha 57, seu
diâmetro é de 10 mm ou seja 3/8, ele está deslocado um do outro a 25 cm, e seu
comprimento total é de 205 cm.
Obs. Se olhar no detalhe da viga
tem o número 175 que quer dizer que o primeiro ferro está a 175 cm do
início esquerdo da viga, a partir daí os outros estão
deslocados de 25 cm cada um.
12 Camadas de ferro na parte Inferior da
Viga
são os
ferros mais inferiores da viga , são eles que
servem para amarrar o estribo ver item (16)
4N58ø10
C=705 = 4 ferros de número 58 na tabela, sendo ferro de diâmetro 10 mm ou seja
3/8”, com comprimento total de 705 cm.
Obs.
Percebe-se que nas pontas ele é dobrado de 12 cm cada ficando com o comprimento livre de 686
cm.
13
Corte AA da Viga 14
Vê- se na
posição central da viga um corte denominado AA, ele corta do meio e vai até a
extremidade esquerda da viga, é como você visse a viga cortada com as ferragens
dentro, para ver a posição dos ferros internos a ela, e com as dimensões da
viga que neste caso é 20x50 cm.
14 Detalhe dos estribos
São as dimensões do estribo dentro da viga, isto é neste caso ele tem
16x46 cm pois tem que ter 2 cm de cobertura de concreto do cada lado de
proteção.
15 Tamanho e dobra dos Estribos
45N4ø5 C=136 = 45 estribo nesta viga (23+15+7), ver item (10), diâmetro
de 5.00 mm, sendo o seu comprimento total de 136 cm, no qual ele vai ser
dobrado conforme figura do item (14), e ficar nas dimensões de 16x46 acabado,
onde vai ter uma espera interna de 6 cm na horizontal e 6 cm na vertical (ver
canto esquerdo superior da figura do item (14)
Obs. A montagem dos estribos na viga deverá ser alternada, isto é 01
esperas na parte superior da viga (lado esquerdo) e na sequencia inverter o
estribo para que a espera fica na parte inferior do lado direito.
O trabalho conjunto, solidário entre o concreto e a armadura fica bem caracterizado na
análise de uma viga de concreto simples (sem armadura), que rompe bruscamente tão logo
aparece a primeira fissura, após a tensão de tração atuante alcançar e superar a resistência do
concreto à tração (Figura acima). Entretanto, colocando-se uma armadura convenientemente
posicionada na região das tensões de tração, eleva-se significativamente a capacidade resistente da
viga.
Por isto o calculo estrutural é muito importante, não se colocando nem a mais nem a menos,colocando a quantidade certa, isto gera economia e segurança para a obra.
EXEMPLO DA SEQUENCIA DE UM CALCULO ESTRUTURAL
Em uma primeira fase você concebe a estrutura, ou seja, monta uma estrutura para atender a uma determinada finalidade como, por exemplo, uma ponte rodoviária, ou ferroviária, um edifício, etc.
- Em uma segunda fase, faz-se o levantamento das ações externas a que a estrutura estará sujeita como cargas permanentes (peso próprio, pisos, paredes, etc), cargas acidentais (ação do vento, cargas móveis, etc), varação de temperatura, previsão de recalques, etc.
- Tendo-se a estrutura e as ações externas que atuarão sobre ela, calcula-se as reações de apoio e os esforços (normal, cortante, momento fletor, momento torsor) que vão surgir em seções ao longo das partes da estrutura. Traça-se os diagramas de esforços (linhas de estado, linhas de influência para cargas móveis, envoltórias), determinado-se os esforços máximos e onde eles ocorrem.
- Com todos os esforços calculados, parte-se para o dimensionamento das peças, no caso de concreto armado, das vigas, lajes, pilares, fundações (blocos, sapatas, tubulões, estacas, etc), ou seja, a determinação da resistência e das dimensões das seções transversais de concreto e da quantidade de armadura (seção de aço), necessárias para resistir aos esforços calculados. Normalmente o concreto vai resistir aos efeitos de compressão e a armação aos de tração, devido ao esforço normal e ao momento fletor, mas também podem resistir a todos os outros esforços (cortante ou cisalhante, torsor .
- Finalmente, calculada a quantidade e a distribuição de concreto e armação, as dimensões das seções transversais e a posição dos ferros dentro das peças de concreto armado, faz-se o desenho de detalhamento para que a estrutura seja executada no canteiro de obras (dobragem dos ferros, execução das formas, fabricação do concreto, colocação das armações, plano de concretagem, etc.)
O ferro N1 a que você se refere é apenas a designação de qualquer um dos ferros da armação. É uma simples referência que se coloca no desenho da armação (N1, N2,...) junto com a quantidade, espaçameNto, comprimento e bitola do ferro, para relacioná-lo com uma tabela resumo de ferros que também consta do detalhamento.
N2 15 Ø 6,3 c=150.....Ferro Número 2 - 15 ferros de 6,3 mm de diâmetro (bitola) de comprimento 150 cm - o cálculo é feito em relação ao esforço que estes ferros devem resistir. A área transversal total de ferro (As=15.pi.6,3²/4=467,59 mm²=4,67 cm²) deve ser maior ou igual a área de ferro necessária para resistir a um determinado esforço de tração, por exemplo. Um aço CA-50, por exemplo, considerando-se já o coeficiente de segurança, tem uma tensão admissível 4350 kgf/cm², resistiria a uma tração de T=4,67.4350=20314,5 kgf. Assim, se o esforço calculado foi de 20310 kgf, cada barra de Ø 6,3 mm de CA-50 resiste a
4350.pi.0,63²/4=1356 kgf, o número de ferros deverá ser n=20310/1356=14,98=~15 barras. Ou podemos dimensionar pela área de ferro necessária:
20310/4350=4,67 cm²
Como cada barra de CA-350 de Ø 6,3 mm tem
0,63².pi/4=0,31 cm²
A quantidade de barras é n=4,67/0,31=~15 barras.
EXEMPLO DA SEQUENCIA DE UM CALCULO ESTRUTURAL
Em uma primeira fase você concebe a estrutura, ou seja, monta uma estrutura para atender a uma determinada finalidade como, por exemplo, uma ponte rodoviária, ou ferroviária, um edifício, etc.
- Em uma segunda fase, faz-se o levantamento das ações externas a que a estrutura estará sujeita como cargas permanentes (peso próprio, pisos, paredes, etc), cargas acidentais (ação do vento, cargas móveis, etc), varação de temperatura, previsão de recalques, etc.
- Tendo-se a estrutura e as ações externas que atuarão sobre ela, calcula-se as reações de apoio e os esforços (normal, cortante, momento fletor, momento torsor) que vão surgir em seções ao longo das partes da estrutura. Traça-se os diagramas de esforços (linhas de estado, linhas de influência para cargas móveis, envoltórias), determinado-se os esforços máximos e onde eles ocorrem.
- Com todos os esforços calculados, parte-se para o dimensionamento das peças, no caso de concreto armado, das vigas, lajes, pilares, fundações (blocos, sapatas, tubulões, estacas, etc), ou seja, a determinação da resistência e das dimensões das seções transversais de concreto e da quantidade de armadura (seção de aço), necessárias para resistir aos esforços calculados. Normalmente o concreto vai resistir aos efeitos de compressão e a armação aos de tração, devido ao esforço normal e ao momento fletor, mas também podem resistir a todos os outros esforços (cortante ou cisalhante, torsor .
- Finalmente, calculada a quantidade e a distribuição de concreto e armação, as dimensões das seções transversais e a posição dos ferros dentro das peças de concreto armado, faz-se o desenho de detalhamento para que a estrutura seja executada no canteiro de obras (dobragem dos ferros, execução das formas, fabricação do concreto, colocação das armações, plano de concretagem, etc.)
O ferro N1 a que você se refere é apenas a designação de qualquer um dos ferros da armação. É uma simples referência que se coloca no desenho da armação (N1, N2,...) junto com a quantidade, espaçameNto, comprimento e bitola do ferro, para relacioná-lo com uma tabela resumo de ferros que também consta do detalhamento.
N2 15 Ø 6,3 c=150.....Ferro Número 2 - 15 ferros de 6,3 mm de diâmetro (bitola) de comprimento 150 cm - o cálculo é feito em relação ao esforço que estes ferros devem resistir. A área transversal total de ferro (As=15.pi.6,3²/4=467,59 mm²=4,67 cm²) deve ser maior ou igual a área de ferro necessária para resistir a um determinado esforço de tração, por exemplo. Um aço CA-50, por exemplo, considerando-se já o coeficiente de segurança, tem uma tensão admissível 4350 kgf/cm², resistiria a uma tração de T=4,67.4350=20314,5 kgf. Assim, se o esforço calculado foi de 20310 kgf, cada barra de Ø 6,3 mm de CA-50 resiste a
4350.pi.0,63²/4=1356 kgf, o número de ferros deverá ser n=20310/1356=14,98=~15 barras. Ou podemos dimensionar pela área de ferro necessária:
20310/4350=4,67 cm²
Como cada barra de CA-350 de Ø 6,3 mm tem
0,63².pi/4=0,31 cm²
A quantidade de barras é n=4,67/0,31=~15 barras.
CKECK LIST SIMPLIFICADO PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA
CKECK LIST
SIMPLIFICADO PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA
O check
list abaixo é direcionado ao proprietário da obra, independente disso
é
imprescindível o acompanhamento da obra por um engenheiro.
PLANEJAMENTO DA OBRA E SERVIÇOS PRELIMINARES
þ Projeto Arquitetônico
þ Projeto Elétrico /
Telefônico
þ Projeto Hidro-sanitário
q Orçamento Executivo –
Listagem de Materiais
q Cotação dos materiais de construção;
q Contratação de um engenheiro para o
acompanhamento da obra;
q Projeto estrutural;
q Verificação e contração da mão de obra;
q Aprovação do projeto
arquitetônico junto à prefeitura (alvará de construção);
q Instalação de água e
energia elétrica no terreno;
q Nivelamento do terreno
(terraplenagem);
q Marcação dos locais para
descarga de materiais (areia, pedra, tijolo, etc.);
q Depósito para materiais
(cimento, ferramentas, etc.).
FUNDAÇÃO E ALVENARIA DO PAV. TÉRREO
q Distância das divisas e
do alinhamento predial (calçada);
q Dimensões (altura e
largura) das vigas de baldrame (junto ao chão) iguais ao projeto;
q Distância entre as vigas
de baldrame, igual ao projeto;
q Localização, esquadro e
prumo das paredes;
q Localização e dimensão das
portas e janelas;
q Vergas e contra-vergas
(vigas pequenas em baixo e em cima das janelas).
LAJE E ALVENARIA DO PAVIMENTO SUPERIOR
q Centralização das caixas
de passagem no teto (luminárias);
q Previsão para passagens
para tubos de energia, água e esgoto nas vigas;
q Previsão para colocação
de caixas sifonadas;
q Colocação dos tubos de
energia na laje;
q No caso de concreto
usinado, verificar a resistência do concreto entregue, normalmente é utilizado
o concreto com resistência de 18Mpa ou com fck=180.
COBERTURA
q Caixa d’água, tipo,
tamanho e localização;
q Inclinação, tipo da telha
e da madeira de cobertura;
q Alinhamento e encaixe das
telhas, goivas e tábuas de beiral;
q Escoamento das calhas
(caimento).
TUBULAÇÕES DE ÁGUA E ESGOTO
q Locação dos pontos de
água e esgoto;
q Instalação da tubulação
de ventilação (esgoto);
q Instalação da caixa de
gordura;
q Teste de vazamento da
tubulação de água potável;
q Teste de escoamento da
tubulação de esgoto.
CONTRAPISO, REBOCO E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
q Nível e acabamento do
piso no interior da casa;
q Acabamento do reboco das
paredes;
q Caimento do piso no box
do banheiro e nas sacadas;
q Verificar posicionamento
dos interruptores e tomadas.
PORTAS E JANELAS
q Verificar requadro
interno e externo nas janelas;
q Testar a abertura e o fechamento
das portas;
q Testar a abertura e o fechamento
das janelas.
ACABAMENTOS
q Verificar, antes da
colocação do piso quais serão os recortes, junto as paredes;
q Caimento do piso no box
do banheiro e nas sacadas;
q Assentamento e
rejuntamento dos pisos;
q Assentamento e
rejuntamento dos azulejos;
q Fixação e posicionamento
das louças sanitárias;
q Posicionamento dos acessórios
do banheiro;
FINALIZAÇÃO DA OBRA
q Teste das torneiras,
válvula de descarga, registros em geral, quanto a vazão da água e a inexistência
de vazamentos;
q Teste de escoamento de
esgoto no lavatório, vaso sanitário, ralo do chuveiro e encanamento da cozinha;
q Teste dos interruptores
com lâmpadas teste, das tomadas e dos disjuntores;
q Teste de abertura e
fechamento das portas e janelas;
q Limpeza bruta do interior
da casa, do banheiro, do abrigo e varanda;
q Solicitação do certificado de conclusão da obra (habite-se)
junto a prefeitura.
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